A síndrome do olho seco é uma condição oftalmológica comum que afeta milhares de brasileiros todos os anos. Porém, é durante o inverno que muitos pacientes relatam piora nos sintomas. Isso ocorre por conta de fatores ambientais típicos da estação, como ar mais seco, baixa umidade relativa e aumento do uso de aquecedores — todos eles contribuem para a evaporação da lágrima natural que protege a superfície ocular.
Neste artigo, explicamos por que o olho seco no inverno tende a se agravar, quais são as principais causas da condição e, principalmente, como é possível prevenir o desconforto ocular nos meses mais frios com segurança e respaldo médico.
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A síndrome do olho seco é uma condição caracterizada pela produção insuficiente de lágrima ou por alterações em sua composição, o que leva à evaporação precoce. A lágrima é essencial para manter os olhos lubrificados, livres de impurezas e com visão estável.
Segundo a Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR), estima-se que até 30% da população mundial possa apresentar algum grau da síndrome, que tende a ser mais comum em mulheres, idosos e pessoas com doenças autoimunes.
Durante o inverno, o ar se torna naturalmente mais seco, o que provoca uma maior evaporação do filme lacrimal. Além disso, o uso de ar-condicionado e aquecedores em ambientes fechados reduz ainda mais a umidade do ar, comprometendo a lubrificação ocular.
Outro fator agravante é a exposição ao vento frio, que também acelera a evaporação das lágrimas. A tendência a piscar menos — especialmente ao usar telas digitais por longos períodos — colabora para o ressecamento.
Portanto, o olho seco no inverno tem explicação fisiológica e ambiental, o que justifica o aumento da procura por oftalmologistas nessa época do ano.
Caso esses sintomas estejam presentes com frequência, é fundamental buscar avaliação médica. O diagnóstico deve ser feito por oftalmologista, que realizará exames específicos, como o teste de Schirmer e a avaliação do filme lacrimal.
As causas do olho seco são variadas e vão desde alterações hormonais até efeitos colaterais de medicamentos. As mais comuns incluem:
A prevenção é possível e pode ser feita com hábitos simples, especialmente durante o inverno. Confira algumas orientações confiáveis:
O uso de lágrimas artificiais sem conservantes, indicadas por oftalmologista, pode ser uma medida eficaz para manter a superfície ocular lubrificada.
Utilize umidificadores de ar ou mantenha bacias com água nos ambientes fechados, especialmente em locais com aquecedores ou ar-condicionado.
Use óculos de proteção em ambientes com vento frio e, se possível, evite locais com corrente de ar direta no rosto.
A cada 20 minutos, desvie o olhar por 20 segundos para algo distante. Essa técnica ajuda a manter a frequência de piscadas.
A boa hidratação sistêmica também contribui para a qualidade da lágrima.
Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), se os sintomas persistirem ou se intensificarem mesmo com cuidados preventivos, é essencial consultar um oftalmologista. O tratamento pode incluir colírios específicos, suplementação nutricional, controle de doenças de base e até procedimentos como o uso de plugs lacrimais.
Importante lembrar que apenas o médico está habilitado para diagnosticar e tratar doenças oculares. Evite a automedicação e o uso de colírios sem prescrição, prática que pode agravar o quadro.Se você sente desconforto ocular com frequência durante o frio, não ignore os sinais do seu corpo. A síndrome do olho seco tem tratamento, e quanto mais precoce for a abordagem, melhor a qualidade de vida do paciente. Em caso de dúvidas, agende uma avaliação com nosso time de especialistas. Estamos à disposição para cuidar da sua saúde ocular com ética, ciência e responsabilidade.
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